25 de março de 2011

O que são CHAKRAS



A palavra “chakra” vem do Sânscrito e significa “roda de luz”. Chakras são pontos de energia de diferentes vibrações, representando diferentes aspectos do corpo, da alma e do espírito. Simbolizam a lei da natureza, estando em constante movimento. Eles estão localizados ao longo da coluna vertebral do corpo humano.
Sua função é de receber e transmitir energia para as áreas afetadas do corpo físico, trazendo o equilíbrio. Trabalhando com os chakras, é possível unir todos os aspectos de nossas vidas, incluindo os aspectos físicos, materias, espirituais, sexuais e etc.
No corpo físico, encontram-se sete chakras principais, sendo três mestres e quatro maiores. Sabemos que existem trezentos chakras menores espalhados pelo corpo físico. Também há muitos chakras que se encontram fora do corpo. Quando todos os chakras estão abertos e alinhados, a energia nos permite comunicar com os espíritos do Universo.


Os chakras são divididos da seguinte maneira:

- Os três chakras localizados na cabeça e na região da garganta, são governados pela razão.
- Os chakras que estão localizados na frente do corpo, são governados pela emoção.
- Os chakras que estão localizados na parte de trás do corpo, são governados pelo desejo.

Cada chakra está associado com uma das sete cores do arco-íris ou, dos Sete Raios Cósmicos (Deste ponto partimos da sua representação na dança dos sete véus)

A dança dos sete véus




A Dança dos Sete Véus tem sua origem em tempos remotos, onde as sacerdotisas dançavam no templo de Isis. É uma dança forte, bela e enigmática. Ela também reverencia a vida, os elementos da natureza, imita os passos dos animais e das divindades numa total integração com o universo. O coração da bailarina é tão leve quanto a pluma da Deusa Maat e é exatamente por isso que os véus são necessários, pois é deles que os deuses se servem para subtilizar o corpo da mulher. Os véus de Ísis, ao serem retirados, transmitem-nos ensinamentos. Quando a bailarina usa dois véus, ao retirá-los nos diz que o corpo e espírito devem estar harmonizados. A Dança do Templo, em que são usados três véus, homenageia a Trindade dos deuses do Antigo Egito: Ísis, Osíris e Hórus. A Dança do Palácio, com quatro véus, representa a busca da segurança e estabilidade e ao retirá-los a bailarina demonstra-nos o quanto nos é benéfico o desapego das coisas materiais. Na Dança dos Sete Véus, cada véu corresponde a um grau de iniciação.

Os sete véus representam os sete chakras em equilíbrio e harmonia, sete cores e sete planetas. Cada planeta possui qualidades e defeitos que influenciam o temperamento das pessoas e a retirada de cada véu representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação de suas qualidades.


Significado das cores:

1° Vermelho: libertação das paixões e vitória do amor (chackra base)
2° Laranja: libertação da raiva e dos sentimentos de ira (chackra esplênico)
3° Amarelo: libertação da ambição e do materialismo (plexo solar)
4° Verde: saúde e equilíbrio do corpo físico (chackra cardiaco)
5° Azul : encontro da serenidade, aumento da creatividade (chackra laringeo)
6° Lilás: transmutação da alma, libertação da negatividade (chackra frontal)
7° Branco: pureza, encontro da Luz. (chackra coronário)


Significado os Chakras:

1° Chakra Base: base da espinha - Traz vitalidade para o corpo físico.

2° Chakra Esplênico: chakra umbilical, centro das sensações, se localiza no umbigo – Traz força e vitalidade física

3° Chakra do Plexo Solar: se localiza na altura do estômago - Atua na digestão, emoção e no metabolismo

4° Chakra Cardíaco: se localiza no coração - Energiza o sangue e o corpo físico

5° Chakra Laríngeo: se localiza na garganta – Responsável pelo som, vibração, comunicação e manifestação

6° Chakra Frontal: é o chakra do 3º olho - Revitaliza o sistema nervoso e Visão

7° Chakra Coronário: é o chakra do cérebro - Revitaliza o cérebro

4 de março de 2011

Rachel Brice e sua fusões no estilo tribal...



Resistente aos séculos, a dança do ventre demonstra sua capacidade de reinvenção tanto como música quanto como expressão subjetiva; além de dar novos tons aos seus ritmos tradicionais, mostra hoje sua faceta globalizada. É nesse bojo que podemos colocar a dança do ventre de fusão tribal e sua maior diva: Rachel Brice.

Nascida em São Francisco, Califórnia, no início dos anos 70, Rachel Brice é hoje talvez a mais conhecida dançarina de dança do ventre em todo o mundo. Mas sua formação principal vem da yoga, prática que estudou e lecionou enquanto, paralelamente, trabalhava como quiropata. Sua aproximação com a dança oriental se deu em 1998 quando assistiu a um grupo que se apresentou na Califórnia. A partir daí, começou a aprender alguns passos por conta própria assistindo vídeos da mítica bailarina Suhaila Salimpour. Filmava-se para saber dos andamentos da experiência. Chegou ainda a ingressar num programa universitário de Dança Étnica e, em seguida, foi tomar aulas. Mas os acasos a levaram a prosseguir com a carreira terapêutica, o que a afastou de seu incipiente talento por quatro anos. Brice foi descoberta em 2003 pelo polêmico empresário Miles Copeland, ela passaria a integrar a mega companhia Belly Dance Superstars. A profusão de adornos que fazem o lóbulo de sua orelha despencar sob o peso de duas imensas argolas já mostram que Rachel Brice em pouco se encaixa no estereótipo da dançarina de saias esvoaçantes e jóias douradas; também quase nunca sorri. Essa espécie de desconstrução é uma marca no estilo da dança tribal, talvez um trânsito para fora dos clichês que consagraram no Ocidente a dança egípcia da qual os árabes se apropriaram ao longo de séculos. As vestes de Rachel e suas parceiras de estilos compõem-se de inúmeras moedas de cor fosca, tecidos amarrados, cabelos dreadlock, flores nos cabelos, ossos trançados com couro... objetos aparentemente improváveis se complementam harmônicos. A tentativa de representação se aproxima da música, é um ajuntamento de elementos que remetem a um passado nômade primitivo onde os enfeites são adaptações de coisas encontradas na natureza e/ou retiradas do contato com outras comunidades mais "avançadas"; é assim no caso das moedas e dos espelhinhos, por exemplo. Enquanto isso, no som, as percussões árabes se tornam elétricas e se fundem com a noise music, fazendo do tribal uma vertente de junções de dança do ventre e yoga.

1 de março de 2011

Dicas de Vídeos (5) ...



E para finalizar minhas dicas de vídeos, um vídeo completo: cheio de exuberância, dança do ventre, harmonia... Espero que tenham gostado desses cinco (5) últimos posts aqui.

Beijão!!!

Dicas de Vídeos (4) ...



Rachel Brice, palmas para ela uma das maiores representantes no mundo do TRIBAL. O tribal é uma vertente da dança do ventre sem ser propriamente considerada dança do ventre (complucado né?). Através de seus preciosos movimentos de serpente, ela faz emergir uma atmosfera misteriosa onde a mulher está representada hermética, mergulhada em segredos próprios que o cotidiano a faz esquecer, é essa mensagem da dança tribal.

Dicas de Vídeos (3) ...



Hipnotizante esta coreografia, não acham? Fácil, bonita, com movimentos básicos, giros simples e perfeitos e com uma influência do jazz. Pra mim é um dos maiores exemplos de como devem ser as coreografias de dança do ventre, não é preciso se matar fazendo passos complicados para agradar e arrancar suspiros de quem vê, basta apenas executar corretamente os passos e colocar toda sua alma na mesma. Sorrir é fundamental e ilumina o local, mostra que você faz aquilo por amor e aí está o diferencial de uma boa bailarina: o amor que ela é capaz de colocar em sua dança!

Dicas de Vídeos (2) ...



Nesse vídeo temos a bailarina Sônia, encantadora não? Ótimo para percepção dos movimentos isolados, ora de quadril, ora de ombro e peitoral. A precisão em que ela acompanha o solo de derbake é necessária em qualquer música ou apresentação, ou seja, a harmonia deve estar presente sempre! Outro ponto a ser observado é o shimmie, sutil e frequente, exato e encaixado nos movimentos. Leveza e delicadeza são bases de uma encantadora e perfeita dança.

Dicas de Vídeos (1)...



Aí está a minha preferida, Ansuya. Além de linda, suas definições de movimentos são únicas, pra quem gosta de shimmie como eu, é um prato cheio para observá-lo em pequenas ondulações e movimentos de peitoral. A intensidade passada em cada movimento é muito importante, não quero dizer que você precisa exagerar, e sim que você tem que destacar cada movimento deixando-o mais intenso, tanto com o corpo quanto com sua expressão facial.

Vídeos que recomendo...

Não é segredo para ninguém que sou apaixonada pelo grupo de dança "Belly Dance Superstars", vivo recomendando seus vídeos para as minhas alunas e para pessoas que me pedem alguma referência de vídeo que possam ver. Mas qual o porquê dessa paixão??
Em primeiro lugar acho elas lindas, com corpos esculturais (coisa que desmente o mito da barriguinha da dança do ventre) e em segundo lugar porque elas trazem a modernidade para a dança do ventre, ou seja, elas introduzem jazz, contemporâneo, ballet, flamenco e outras, essa é boa parte do seu diferencial. Então vou fazer cinco (5) posts sobre dicas de vídeo, em cada post vou citar pontos para serem analisados por vocês, ok?!?
Espero que gostem...
Beijão!!!

A história da Dança do Ventre no Brasil...


A história da Dança do Ventre no Brasil ainda é recente, datando de aproximadamente uns cinquenta (50) anos para cá. E pode-se dizer que provavelmente ela teve seu início quando os primeiros árabes aqui chegaram. Os primeiros imigrantes árabes vieram da Síria e do Líbano por volta de 1880, e se concentraram principalmente no estado de São Paulo, mais especificamente na capital.
A bailarina Patrícia Bencardini em seu livro nos diz que: “A partir dos anos 50, uma grande população muçulmana entrou no Brasil, vindos de diferentes regiões do Oriente Médio. E, na década de setenta do século XX, novos imigrantes libaneses vieram para o Brasil fugindo da guerra civil, quando muitos encontraram parentes distantes que vieram no começo do século” (p. 68-9). Provavelmente este foi o caso da bailarina palestina SHAHRAZAD Shahid Sharkey que aqui chegou por volta de 1957. Muitas bailarinas acreditam ela foi a pioneira desta dança no Brasil. Seu nome de nascimento é Madeleine Iskandarian.
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Shahrazad


Shahrazad foi cabeleireira por 18 anos e passou a dedicar-se à Dança do Ventre a partir do final da década de 70 no Brasil, embora já dançasse profissionalmente desde os sete (7) anos em diversos países árabes, como conta em seu livro. Aqui se apresentou em diversos restaurantes árabes, teatros e programas de televisão, além de ter concedido várias entrevistas. Publicou em 1998 o livro intitulado “Resgatando a Feminilidade – expressão e consciência corporal pela dança do ventre”, além de alguns vídeos com a didática que desenvolveu para o ensino de dança, com aproximadamente três mil (3.000) exercícios criados por ela. A última edição de seu livro foi lançada na 17º Bienal do Livro em São Paulo.
Sua dedicação à Dança do Ventre, além de incluir a formação de grandes bailarinas e professoras, incluiu ainda sempre uma luta pela valorização da dança e nunca por sua vulgarização. Em seu livro ela diz que “uma bailarina não deve aceitar que os homens coloquem dinheiro no seu corpo. Eles dizem que é um costume, mas isto não é verdade. O corpo da mulher é sagrado e o povo deve assistir a essa dança com muito respeito e admiração” (p. 5 e 6).
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No entanto, diz-se também que Zuleika Pinho foi a primeira bailarina a realizar uma apresentação de Dança do Ventre no Brasil, num clube árabe chamado Homes, onde na época Zuleika tinha apenas 14 anos. "Me perguntaram se poderia apresentar uma dança oriental, não tinha ideia do que era, mas aceitei", conta Zuleika. Nesta época, ela passou a se apresentar em vários restaurantes e programas de televisão, assim como aparecer um muitos jornais da época.
Mesmo assim, na década de 80, segundo a bailarina MÁLIKA, “a dança do ventre era muito pouco conhecida e difundida no Brasil”. Era difícil obter materiais para estudos, aulas e apresentações como discos, CDs, vídeos e roupas. A literatura também era escassa, pois segundo ela, “o Brasil não havia produzido nenhuma obra sobre o assunto e escassas eram as publicações em inglês e francês”.
Para a bailarina esta situação passou a se modificar a partir da década de 90 quando no Brasil começaram a surgir publicações sobre a Dança do Ventre em jornais e revistas, quando surgiram eventos, concursos e desfiles, além de programas de televisão, rádio e internet tratando do assunto. Essa procura pela dança acentuou-se ainda mais após a exibição da novela “O Clone” pela Rede Globo de televisão.
Muitos profissionais dizem que não havia música árabe no Brasil, porque aqui não se produzia e não se vendia também. Os discos de vinil na época tinham que ser comprados fora do país.
De acordo com Jorge Sabongi, proprietário da Casa de Chá Khan el Khalili, no início dos anos 70 havia alguns poucos restaurantes árabes como Bier Maza, Porta Aberta e Semíramis, que atualmente não existem mais. Eles contavam com algumas apresentações de Dança do Ventre e alguns músicos árabes. Um pouco depois, na década de 80, surgiram as primeiras bailarinas de Dança do Ventre brasileiras, que podem ser consideradas como a primeira geração de bailarinas no Brasil. Foram elas: Shahrazad, Samira, Rita, Selma, Mileidy e Zeina.
O primeiro vídeo didático de Dança do Ventre brasileiro foi lançado em 1993, pela Casa de Chá egípcia Khan el Khalili, tendo como professora a então já bailarina Lulu Sabongi. Desde então muitos outros vídeos, e mais recentemente DVDs, têm sido produzidos no Brasil, tanto didáticos quanto de shows. Também muitos DVDs internacionais têm sido comercializados aqui, já que a procura tem sido cada vez maior.
A casa de chá egípcia Khan el Khalili foi inaugurada em 1982 por Jorge Sabongi e antes de completar dois (2) anos passou a contar com apresentações de Dança do Ventre (por sugestão de uma casal de egípcios) uma vez a cada três (3) meses. Até que apareceu Lulu, e após iniciar os estudos na Dança do Ventre, começou a se apresentar na Casa de Chá cada vez com maior freqüência e com um público cada vez maior.
Hoje a Khan el Khalili tem mais de vinte e cinco (25) anos de existência. Além de contar com casa de chá, conta ainda com apresentações diárias de Dança do Ventre, oferece aulas, shows, produz Cds e DVDs, exportando inclusive para outros países.
Os primeiros Cds produzidos no Brasil vieram da família de músicos Mouzayek, liderada pelo cantor Tony Mouzayek. A coleção de Cds intitulada “Belly Dance Orient” encontra-se atualmente em seu 41º volume.
A família Mouzayek veio da Síria na década de 70 e aqui se instalou contribuindo para a divulgação da cultura árabe, principalmente da Dança do Ventre no Brasil. Além de músicos, são proprietários de uma loja no centro de São Paulo, a Casa Árabe, que existe há mais de quarenta (40) anos e vende diversos artigos para Dança do Ventre, como CDs, DVDs, roupas, acessórios, livros e instrumentos musicais.
Um importante e grande evento de Dança do Ventre que ocorre anualmente no país é o “Mercado Persa”. Ele ocorre na cidade de São Paulo desde 1995 e é caracterizado por promover muitas apresentações de dança oriental (amadoras e profissionais) e por vender muitos artigos especializados às suas praticantes.
O número de participantes deste evento vem aumentando desde seu surgimento, tanto que já conta com dois palcos e não mais com um como no início. O que significa que durante doze (12) horas, das 10 às 22, acontecem apresentações ininterruptas de Dança Árabe em dois palcos simultaneamente. Este evento foi criado pela bailarina Samira Samia e é dirigido por sua filha, a também bailarina, Shalimar Mattar. Foram ainda elas que criaram o primeiro jornal sobre o assunto no Brasil “Oriente Encanto e Magia”, com publicação mensal, existente desde o ano de 1995. Sua distribuição é gratuita e consta de matérias, artigos, fotos, divulgação de eventos e de profissionais da área.
O primeiro livro sobre o assunto, “Dança do Ventre – uma arte milenar”, foi escrito pela bailarina e professora Málika em 1998, pela Editora Moderna. Foi lançado na Bienal de mesmo ano, mas atualmente se encontra esgotado. De acordo com a autora, o livro surgiu “de um caderno de estudos, onde costumava anotar passos, dúvidas, temas a serem pesquisados e/ou aprofundados, curiosidades etc”.
Hoje em dia não nos deparamos mais com muitos dos problemas que havia antes, como a falta de Cds, vídeos, figurinos, professoras, bailarinas na área de Dança do Ventre. Muito pelo contrário, há uma abundância grande de material para estudos e pesquisas, principalmente com a internet. Nela há textos, fotos, divulgações de eventos, bem como vídeos. Há uma estimativa de que o Brasil é, junto com os Estados Unidos, um dos países ocidentais com o maior número de praticantes do mundo.
De fato, a mulher brasileira se identifica com as características da Dança do Ventre e talvez por isso ela faça tanto sucesso aqui. Atualmente no Brasil as aulas de Dança do Ventre são oferecidas em diferentes espaços como em academias de ginástica, clubes, escolas especializadas, escolas de dança, assim como em espaços esotéricos e centros culturais.
Muitas revistas e livros já foram escritos sobre o assunto, não se esquecendo de que a divulgação maior fica por conta da internet. Apesar de pequena, ainda há uma participação da Dança do Ventre no meio acadêmico, onde conta com algumas publicações de monografias, artigos científicos e dissertações de mestrado. Além disso, nosso país ainda conta com muitos eventos anuais que prestigiam a Dança do Ventre, assim como workshops nacionais e internacionais realizados principalmente na cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O Brasil ainda produz CDs árabes, bem como vídeos, DVDs e roupas, além também de importá-los quando é de agrado das clientes.