Projeto em SP mostra que feminilidade é algo que vem de dentro.
Fonte: G1
Um projeto em São Paulo busca ensinar pacientes com câncer que tão importante quanto sobreviver à doença é sobreviver bem. Semanalmente, uma professora de dança do ventre recebe as alunas para ensinar muito mais do que passos ao som de música árabe. Ao lado de uma equipe de especialistas, o objetivo de Thatiane Menendez é mostrar que feminilidade e sensualidade vêm de dentro – de um lugar que o câncer não pode alcançar.
“O câncer me pegou de surpresa”, contou Márcia Giammarino ao G1. “Quando tive a retirada de parte do peito, comecei a me sentir menos mulher. Achava que jamais ia ter aquele físico que eu tinha. Coisas que só mulher pode sentir”, diz ela.
Foi pensando em mulheres como Márcia que Thatiane, professora de dança do ventre formada em fisioterapia, resolveu usar a música árabe para ajudar a recuperar a auto-estima de quem teve ou tem um tumor na mama. O projeto começou como seu trabalho de conclusão de curso da faculdade. Depois continuou, com o apoio do Instituto Paulista de Cancerologia. “Há um reencontro com o feminino na dança do ventre. E o câncer de mama mexe diretamente com o feminino”, conta a professora.
Foi o que aconteceu com Márcia, depois que seu cirurgião sugeriu que ela participasse do grupo. “Comecei a sentir mais o físico. Antes eu não me importava muito, não. Depois que você perde um pedacinho dele, você começa a falar ‘nossa, faz falta, né?’. Aí você tenta fazer o conjunto de novo. Começar a se sentir como pessoa, como mulher”, diz ela.
“A gente participa com outras colegas e vê que você não é a única no mundo, que um monte de gente passou por isso, está passando por isso. Estamos superando, estamos vivendo”, conta Márcia.
Para a colega Margareth Basso, o encontro é mais do que uma simples aula. “Não é nem uma dança, é terapia. Cada uma passou uma coisa, mas todo mundo tem aquilo em comum. É gostoso dividir essa experiência”, afirma. “Vale a pena, porque a vida vale a pena”, diz Margareth, que acredita que o câncer mudou sua maneira de encarar a vida. “Hoje eu tenho mais vontade de viver. Antes eu não dava muita importância a certas coisas que hoje eu dou. Como acordar bem. Se está chovendo, está ótimo. Hoje tudo é bonito”, acredita.
Terapia
Mesmo com tantos benefícios, o projeto enfrenta resistência de pacientes que têm vergonha de mostrar o corpo, segundo Thatiane. “Muitas delas perderam parte do seio, a maioria perdeu o cabelo, então elas se sentem desconfortáveis”, conta a professora. “E todo mundo pensa que a dança do ventre é só para quem é magra, para quem tem cabelo comprido, para quem é nova. E não é. A dança do ventre é para todas as mulheres. Só precisa ser mulher para fazer”, garante.
O trabalho é acompanhado de perto pela psicóloga Marília Zendron, que também realiza sessões de psicoterapia com as alunas. “O câncer de mama muda a auto-estima porque ele é sentido como uma mutilação. Nosso trabalho aqui é dar um novo significado para esse corpo”, explica ela.
Nesta quinta-feira (27), Dia Nacional de Combate ao Câncer, a psicóloga lembra que a luta contra a doença passa também pela qualidade de vida. E que, para alcançar isso, vale tanto a dança do ventre quanto qualquer coisa que faça a pessoa se sentir bem. “Você pode ver a doença de uma maneira que não é tão dolorosa assim. Ver que você tem vida também depois disso tudo”, afirma. “Busque o que você gosta de fazer, o prazer que você tem na vida. Exerça isso”, aconselha.
Um projeto em São Paulo busca ensinar pacientes com câncer que tão importante quanto sobreviver à doença é sobreviver bem. Semanalmente, uma professora de dança do ventre recebe as alunas para ensinar muito mais do que passos ao som de música árabe. Ao lado de uma equipe de especialistas, o objetivo de Thatiane Menendez é mostrar que feminilidade e sensualidade vêm de dentro – de um lugar que o câncer não pode alcançar.
“O câncer me pegou de surpresa”, contou Márcia Giammarino ao G1. “Quando tive a retirada de parte do peito, comecei a me sentir menos mulher. Achava que jamais ia ter aquele físico que eu tinha. Coisas que só mulher pode sentir”, diz ela.
Foi pensando em mulheres como Márcia que Thatiane, professora de dança do ventre formada em fisioterapia, resolveu usar a música árabe para ajudar a recuperar a auto-estima de quem teve ou tem um tumor na mama. O projeto começou como seu trabalho de conclusão de curso da faculdade. Depois continuou, com o apoio do Instituto Paulista de Cancerologia. “Há um reencontro com o feminino na dança do ventre. E o câncer de mama mexe diretamente com o feminino”, conta a professora.
Foi o que aconteceu com Márcia, depois que seu cirurgião sugeriu que ela participasse do grupo. “Comecei a sentir mais o físico. Antes eu não me importava muito, não. Depois que você perde um pedacinho dele, você começa a falar ‘nossa, faz falta, né?’. Aí você tenta fazer o conjunto de novo. Começar a se sentir como pessoa, como mulher”, diz ela.
“A gente participa com outras colegas e vê que você não é a única no mundo, que um monte de gente passou por isso, está passando por isso. Estamos superando, estamos vivendo”, conta Márcia.
Para a colega Margareth Basso, o encontro é mais do que uma simples aula. “Não é nem uma dança, é terapia. Cada uma passou uma coisa, mas todo mundo tem aquilo em comum. É gostoso dividir essa experiência”, afirma. “Vale a pena, porque a vida vale a pena”, diz Margareth, que acredita que o câncer mudou sua maneira de encarar a vida. “Hoje eu tenho mais vontade de viver. Antes eu não dava muita importância a certas coisas que hoje eu dou. Como acordar bem. Se está chovendo, está ótimo. Hoje tudo é bonito”, acredita.
Terapia
Mesmo com tantos benefícios, o projeto enfrenta resistência de pacientes que têm vergonha de mostrar o corpo, segundo Thatiane. “Muitas delas perderam parte do seio, a maioria perdeu o cabelo, então elas se sentem desconfortáveis”, conta a professora. “E todo mundo pensa que a dança do ventre é só para quem é magra, para quem tem cabelo comprido, para quem é nova. E não é. A dança do ventre é para todas as mulheres. Só precisa ser mulher para fazer”, garante.
O trabalho é acompanhado de perto pela psicóloga Marília Zendron, que também realiza sessões de psicoterapia com as alunas. “O câncer de mama muda a auto-estima porque ele é sentido como uma mutilação. Nosso trabalho aqui é dar um novo significado para esse corpo”, explica ela.
Nesta quinta-feira (27), Dia Nacional de Combate ao Câncer, a psicóloga lembra que a luta contra a doença passa também pela qualidade de vida. E que, para alcançar isso, vale tanto a dança do ventre quanto qualquer coisa que faça a pessoa se sentir bem. “Você pode ver a doença de uma maneira que não é tão dolorosa assim. Ver que você tem vida também depois disso tudo”, afirma. “Busque o que você gosta de fazer, o prazer que você tem na vida. Exerça isso”, aconselha.
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Tive a oportunidade de trabalhar com uma aluna no seu processo de recuperação de câncer de mama, foi incrível contar com sua força de vontade e energia contagiando as aulas e melhor ainda foi saber o quanto a minha aula lhe fez bem. Por motivo de privacidade não revelarei o seu nome, e quando ela ler este post quero que saiba da importância de sua passagem na minha vida. Tenho certeza que ela continuará com as aulas com outra professora passando sua vontade de viver e sua alegria de viver para todos.
Glauci
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